terça-feira, 12 de julho de 2011

ALIVE'11 - a experiência

O meu 3º Alive enquanto espectadora e fã...o meu 1º enquanto jornalista. Quando na redacção se distribuíram os festivais por todos, eu agarrei logo o Alive. Felizmente não houve discussão porque todos têm gostos diferentes e cada um ficou com o festival que queria.

Ia contente e ansiosa, mas ingénua. Achava eu que me ia divertir enquanto trabalhava. Silly me.






























Não pude ir 4ª feira, dia 6, porque estava fora em trabalho, mas quem foi diz que gostou muito, que os Coldplay foram óptimos e que para sair de lá demoraram 2 horas. "Sardinhas em lata no túnel da estação de Algés" foi a expressão que ouvi. Um horror. Outros dizem que Coldplay em recintos abertos perde a mística, que estava gente a mais, não havia rede nos telémoveis e que não voltavam lá.

Opiniões à parte, 5ª feira às 15h estava a pedir a minha acreditação na entrada. Pulseira press no pulso e credencial ao pescoço...'bora lá!

Filmámos de tudo... Os miúdos a sairem do comboio, a chegada, mostrar o bilhete, abrir a mala aos seguranças, a excitação de alguns e a pouca paciência de outros. À entrada o público era recebido com música, num palco montado a meio da infra-estrutura. Como não podia deixar de ser, eu e o meu reportér de imagem subimos. Ele a filmar e eu a fotografar. Uma visão diferente da chegada das pessoas.

O calor, o cansaço e o peso de andar a carregar a câmera fizeram-me arrepender da minha anterior vontade de ir para lá trabalhar. Ia econtrando amigos pelo caminho e ia prometendo que mais tarde lhes ligava para ver os concertos. Consegui fazer isso com poucos. 

Entrevistei o director de marketing da Optimus e gostei de o ver umas horas depois a curtir o concerto de Foo Fighters no meio do "povo" e não no 'poleiro' vip (expressão que ouvi bastantes vezes durante estes dias). Esta é a maior activação da marca durante o ano e o retorno, dizem, supera sempre as expectativas.

Nesse dia queria ver Foo Fighters e arranjei maneira de despachar o trabalho cedo para depois ver o espectáculo sem preocupações. Adorei! Antes vi Xutos e Pontapés...é daquelas bandas que se vê sempre, porque as letras estão todas na ponta da língua, mesmo quando não se é um fã convicto. Devo confessar que foi uma desilusão. Não tocaram clássicos como Homem do Leme, Circo de Feras e aquela da Maria. Mas compensaram com o regresso do Zé Pedro aos palcos que deixou os verdadeiros fãs arrepiados de emoção.

Na sala de Imprensa seguia-se tudo ao minuto. Os jornais, revistas, televisões e fotógrafos numa azáfama. Partilho aqui a sala onde se trabalhava. E partilho também o local onde todos os jornalistas viam os minutos ou o número de músicas que os artistas permitiam filmar ou fotografar.




O jantar ali não era mau. E para quem não queria esperar pelo catering, as massas Milaneza feitas em micro-ondas, tinham uma grande saída.

Zona de Imprensa

Na 6ª feira, dia 8, as fãs de 30 Seconds to Mars rumaram ao passeio marítimo de Algés...cedíssimo, para não perderem a oportunidade de ver o Jared de perto. 


A espera por 30 Seconds to Mars


Não só tiveram que esperar mais horas do que estava previsto, como esperaram em silêncio. O palco principal ficou mudo até à meia-noite e meia. Um escândalo para qualquer festival. Até porque a organização só deu justificações ao público já passava das 23h, quando o primeiro concerto estava previsto para as 18h30. Uma falta de respeito. As páginas do livro de reclamações do festival ficaram cheias de palavras de revolta e indignação. 

Varanda Zona Vip à tarde
Na zona de imprensa e zona vip ouvia-se dizer que era o fim do Alive e que para o ano já não existia. Uns preocupados, outros com pena, e outros ainda que nem deram pela falta dos 3 concertos iniciais (cancelados).

Os palcos secundários encheram. Os jornalistas puderam fumar uns cigarrinhos descansados, por falta de trabalho. E os vips continuaram à procura dos rissois de camarão ambulantes que lhes passavam à frente, enquanto dançavam a nova música da J.Lo e cumprimentavam outros tantos vips que só lá estavam pelo whiskey a zero euros. Acredito que muitas daquelas pessoas nem sequer se lembravam que estavam num festival. Foram lá para ver e ser vistas. Uma tendência que nunca sai de moda.

Dizem que Chemical Brothers e Steve Aoki salvaram a noite. Curiosamente nesse final de tarde entrevistei Àlvaro Covões, o respónsavel da Everything is New, quando ainda ninguém sabia que o palco principal estava com problemas. Falámos de tudo o que havia para falar sobre o festival: as marcas presentes, a venda de bilhetes e as expectativas. Mas não tocou no assunto da queda do palco, da pouca segurança, dos cancelamentos ou das gruas que seguravam o palco. Eu soube meia hora depois. E aí fez sentido o nervosismo dele e os burburinhos da produção que ouviam no local.




Sábado, finalmente, pude descansar e aproveitar o festival como mera festivaleira (que sou). Mas ainda assim e sempre com um olho jornalístico, fiquei até ao fim e apanhei o momento em que, já com a zona do palco principal vazia, começaram a desmontar as infra-estruturas. Os camiões da Super Bock entraram em acção e o palco Optimus começou a ser desmontado. Um festival não pára, nem na hora de arrumar 'a trouxa'. O after party da tenda vip ainda sobrevivia, mas cá fora sobravam apenas centenas de copos no chão e os vestígios da festa que ali se passou.





 






Para 2012 já há data: 12, 13 e 14 de Julho.

Até para o ano!




3 comentários:

  1. Adorei! O festival tb, mas principalmente o post! :)

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  2. Deve ser sido altamente o festival.. ainda não tive oportunidade de ir uma única vez ao Alive, talvez vá no próximo ano.
    Mas parabéns pela reportagem:)

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