domingo, 28 de abril de 2013

Oi? Está aí alguém?

Caras pessoas que passam por aqui, 

Como já devem ter reparado, este blogue está assim a modos que parado há praticamente um ano, por variadíssimos motivos, que como diz a outra, agora não interessam nada. Mas como quem o faz(ia) continua a gostar muito de escrever e partilhar experiências, ideias e opiniões sobre aquilo que se gosta, ficam aqui duas novas moradas, se quiserem acrescentar à vossa lista de blogues (espectaculares) para ler:

Eu, SB, mudei-me para aqui, e continuo com vontade de partilhar a minha experiência jornalística, problemas e sucessos inerentes à profissão com quem andar por ai. 

A PS criou outro, que podem ver aqui, onde vos fala de "Food, Fashion and Makeup", com dicas de coisas fofinhas como receitas apetitosas, viagens e muito mais. 

Visitem e, se for do vosso agrado, vão seguindo. 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Coca-Cola did it again

O mundo da publicidade da Coca-Cola fascina-me. Consegue surpreender-me. Trabalho com marcas e vejo campanhas publicitárias todos os dias e é desmotivante vê-las todas iguais, a copiar o que outros já fizeram ou mesmo a repetir o que já tinham feito em tempos. Todas com o mesmo tom de comunicação, com os mesmos protagonistas, com os mesmos clichés. E depois há as campanhas que se destacam e que correm mundo. Como esta da Coca-Cola.




Sou fã deste conceito de "felicidade" que tem feito parte da comunicação da Coca-Cola nos últimos anos.
Tem conseguido reinventar o conceito e dar-lhe novas formas cada vez que se propõe fazê-lo. Aqui, compilou imagens de câmaras de segurança de todo o mundo e juntou amor, amizade, compaixão, ajuda, diversão e companheirismo num minuto e meio. A ideia é da divisão da marca presente na América Latina. Well done.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

London II

Londres foi es-pe-ta-cu-lar (modo acordo ortográfico).



No primeiro dia que lá estive conheci o ateliê da Karen Millen, onde são pensadas desenhadas e feitas as roupinhas da marca. Fui à sua loja principal na Regent Street, uma das ruas mais movimentadas de Londres e ainda meti os olhos (e os pezinhos) na apresentação da coleção Outono/Inverno para o próximo ano.





Os outros dois dias foram passados, entre outras coisas, a conhecer o Estádio Olímpico que vai receber aquele que é o maior evento desportivo do mundo, de 27 de Julho a 12 de Agosto. Senti-me uma verdadeira privilegiada. Estando lá dentro com o estádio vazio nem parece assim tão grande, mas a verdade é que tem capacidade para 80 mil pessoas e vai estar cheiinho nos Jogos Olímpicos. 

Pisei a pista de atletismo e parei na meta... Foi uma experiência  a que poucos têm acesso e que fica certamente para a (minha) história.


Para além do trabalho, houve tempo para descontrair... Os 50 jornalistas de todo o mundo que foram convidados pela Omega nesta viagem, foram presentados com um jantar na Tower Bridge. Mais uma daquelas experiências que provavelmente nunca teria oportunidade de viver se não fosse numa viagem destas. E que certamente  nunca vou repetir. Adorei.








Londres já está vestida a rigor e a ansiedade já se sente em todo o lado. Estima-se que durante os Jogos o trânsito (que já é impossível no dia-a-dia) fique insuportável, podendo demorar-se cerca de 10 horas a travessar a cidade de uma ponta a outra de táxi. Por isso, o metro é vivamente aconselhado. Nas lojas de souvenirs os jogos olímpicos já são atração e  muitos já são os quartos de hoteis reservados para aquelas duas semanas.

Por cá, esperamos que Portugal traga medalhas para casa.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Hello London

Amanhã vou para Londres. Infelizmente não é em modo férias, mas felizmente é em modo trabalho (giro).

Já conheço bem a cidade. Mas desta vez é diferente.

O primeiro trabalho é sobre uma conhecida marca de roupa. O segundo sobre os Jogos Olímpicos. Vou conhecer o estádio olímpico e visitar sítios emblemáticos em primeira mão. Estou ansiosa e muito feliz com a oportunidade. Prometo trazer fotografias.

Para já,

Hello London.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Clubismos fervorosos sem limites

Bem, desde já tenho a dizer que futebol é, sim, coisa de mulheres. Ai de quem se atreva a subvalorizar um texto feminino sobre futebol.

Este campeonato está a ser marcado pela luta renhida de três grandes, Porto, Benfica e Braga – sem dúvida que o Braga já é um dos grandes e ainda bem – que, entre empates, derrotas inesperadas e sem vitórias expressivas dividem os três primeiros lugares.
No último fim-de-semana diz-se ter disputado a jornada que decide o título. Certo. O Braga e o Porto jogaram um contra o outro e o Benfica tinha de ganhar para se manter na corrida.

Na passada segunda-feira foi dia de derby Sporting vs Benfica. O quinto classificado contra o segundo. Pressão para os encarnados que, depois da vitória do Porto, tinham de ganhar para manter a diferença mínima para o primeiro lugar.
Não foi um grande jogo. O Sporting foi superior, podia ter marcado mais golos, o único que marcou resultou de um penalty que a meu não existiu, mas ganhou e, só por ter jogado melhor, atrevo-me a dizer que o resultado foi justo.
Nos dois jogos, ditos marcantes, da passada jornada, rivais de primeira linha confrontaram-se e nada de incidentes dentro de campo. Não se viram as testas de jogadores encostadas, como em tempos era tão habitual, não houve agressões polémicas para cartões vermelhos.
Agora vejamos: O jogo do Braga vs Porto ficou marcado por incidentes nas bancadas, com a PSP a agredir adeptos minhotos. Quanto ao jogo Sporting vs Benfica verificou-se uma manifestação de ódio e uma reação fervorosa que, sinceramente, não consigo compreender. Aliás, os dois casos ultrapassam a minha humilde inteligência.
No primeiro, voltamos a ver vídeos de bastonadas gratuitas da polícia a adeptos nas bancadas e um rapaz ferido. Provavelmente mais um de cabeça partida. Abriu-se inquérito. Veremos. Quer dizer, duvido que vejamos grande coisa.
Na outra situação. Expliquem-me adeptos sportinguistas fervorosos, o que vos leva a tanto ódio se nem sequer estão na corrida e o Benfica não é, neste momento, um rival direto?
(Sou do Benfica, assumo, e asseguro-vos que escrevo sem qualquer preciosismo, não sou hipócrita).
É que não consigo perceber. Dizer uns palavrões para o ar, achincalhar diretamente com termos característicos entre risos, tudo bem, também eu o faço. Nada contra um despique moderado e saudável. Mas daí a uma sucessão de ofensas, de invasão às redes sociais de imagens que, nem sei descrever, e a reclamarem vitória como se de uma batalha se tivesse tratado, não entendo.
Enfim, manifesto aqui a minha perplexidade com certo tipo de comportamentos e também eu sou fervorosa, mas, como penso que deve ser em tudo, há limites.

MDM

segunda-feira, 26 de março de 2012

A angústia de uma profissão que nem num país pacífico é segura

Neste texto vou tentar, sem garantias, abstrair-me da angústia permanente, da revolta que não me larga e da indignação que persiste pelos acontecimentos de quinta-feira, quando dois fotojornalistas foram agredidos pela PSP durante a manifestação da greve geral.

Sempre me senti confortável nesta profissão, embora consciente dos riscos que lhe estão inerentes. Claro que, em reportagem na Líbia, Egito ou em qualquer outro cenário de guerra, os riscos são evidentes e a integridade física fica vulnerável. Não vou falar em situações óbvias.
Sempre acreditei que, apesar de todas as injustiças sociais, mentalidades com que não me revejo e pensamentos cada vez mais sujos que existem na nossa sociedade, Portugal era um país seguro.
No entanto, na quinta-feira, ao final da tarde, o Largo de Camões, em Lisboa, tornou-se um palco de terror para dois fotojornalistas que, em paz (digo-o com toda a segurança por saber de quem falo), queriam apenas cumprir o seu trabalho.
Não vou descrever os acontecimentos. Estou cansada dos vídeos e das fotografias que, em mim, causam uma angústia desmesurada.
Não vou sequer comentar a atuação dos agentes da polícia (quantos palavrões ainda me apetecem dizer), porque já foram feitas muitas condenações acertadas.
Não vou também avaliar a posição da Direção Nacional da PSP e do Governo, numa oportunidade de se remediarem nos próximos dias.
Quem nos devia proteger, ataca. Quem nos devia defender, acusa.
Estou cada vez mais desiludida com este país
No entanto, reconforta-me a solidariedade dos colegas, companheiros de microfone, câmaras ou bloco de notas que, fora da competição para conseguir um “furo”, manifestaram um apoio incontestável.
Não só os colegas de profissão, mas também as centenas de pessoas que se juntaram a esta indignação. Ainda há gente boa e com bom senso. (Escrevo em esforço para não pensar nos comentários negativos, que também existiram, mas que traduzem uma minoria ignorante, frustrada e de palavras vazias, felizmente).
Por fim, quero lembrar que os dois fotojornalistas agredidos, José Sena Goulão e Patrícia de Melo Moreira, merecem ser conhecidos por muito mais do que isto.
Por isso, façam o favor de pesquisar no Google o brilhante trabalho destes dois profissionais e o seu talento que, ao contrário de muita coisa que se passa neste país, não é escondido.

Quero muito que seja feita justiça (inocente esperança que me sobra por este país), mas se isso não acontecer (retomo à realidade), ao menos esta mancha, ainda que efémera, no nome daqueles que usam farda, exibem distintivo e vangloriam-se pela suposta defesa da segurança pública, já ninguém tira.
MDM

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Horário livre à beira Tejo

Já falei aqui da minha condição profissional. Sou jornalista, correspondente em Cascais e Oeiras e “tapa buracos”, como eu chamo carinhosamente e sem qualquer preciosismo, em Lisboa.
Hoje não foi um dia de tapa buracos em Lisboa, mas vim até à capital trabalhar.
É inverno mas está um sol quente mesmo a convidar à esplanada. Aceitei o convite, pois claro.
Escrevo sentada à beira Tejo, em Alcântara, a passar-me ao lado - literalmente - o trânsito frenético da ponte 25 de Abril, com música clássica de fundo e um batido de morango a acompanhar. A descrição faz crer que estou em lazer, mas a verdade é que na mesa está também a desarrumação habitual da minha secretária, com um bloco de notas, duas canetas, três telemóveis, uma pen e o portátil.
Eis a vantagem de que falava há tempos de não ter um horário das 9 às 5, ter de trabalhar num sítio fechado, 30 telefones a tocar ao mesmo tempo e estar sentada numa cadeira que arruína as costas.
Não vou falar das desvantagens, porque essas já todos conhecem, quer seja pela voz dos políticos ou dos indignados que por aí andaram a manifestar-se (com razão, sublinho).
Bem, mas este dia hoje faz-me querer pensar e falar de coisas boas, apesar de há minutos ter escrito duas notícias sobre assaltos, outra sobre protestos, pensar que tenho 16 páginas de um jornal para escrever e 96 e-mails para ler.
Tudo boas razões para desanimar, não fosse o facto de ter já reservado uma viagem de quatro dias para Florença em fevereiro. Outra vantagem da minha precariedade no trabalho. Vi a viagem e comprei, sem preocupação de quantos dias de férias tenho por gozar ou se o meu chefe me deixa. Claro que tenho de dar conhecimento da situação, informar em jeito de pedir autorização e não abusar.
Enfim, isto para dizer que hoje estou bem disposta. As festividades que deram alguma paz ao trabalho e o bom tempo deixaram-se assim, apesar de ainda ontem ter ido a uma consulta de urgência e em vez dos habituais 2,50 euros, paguei 5 euros de taxas moderadores e ainda ter deixado 30 euros na farmácia. Enfim, são os tempos que nos esperam nos próximos anos e dói, sim, mas já todos sabíamos.
Enquanto a crise se instala e ganha espaço, eu cá continuo também instalada aos recibos verdes que, com tudo de mau que acarretam, e eu bem sei, fazem-me, pelo menos hoje, usufruir de um horário livre à beira Tejo.

MDM

Convite à emigração, porque não?

Todas as semanas há uma frase que abre os telejornais ou rádios ou é manchete dos diários de imprensa. Às vezes pouco importa o conteúdo, o contexto, a credibilidade que tem a pessoa, mas desde que diga aquela frase, aquela, que se sabe que irá gerar polémica, com certeza.
Desta feita, há cerca de um mês, foi o nosso primeiro-ministro a sugerir aos professores desempregados irem para Angola ou para o Brasil, num jeito amável e simpático de dizer: “pá, pirem-se que aqui não se safam”. Na verdade, todos sabemos, nesta altura não se safam nem os professores, nem ninguém.
Bem, não é de tricas políticas que quero falar, mas aproveito a polémica em torno deste assunto para pensar, ao mesmo tempo que escrevo, se vale ou não a pena ficar neste país de corda na garganta e que a nós, geração mais jovem, não augura nada de bom.
Cada vez mais me questiono para onde é que poderia ir, qual o país onde poderia viver, ideia diferente da que tinha há uns tempos, em que pensava em ir para fora, sem ser mais do que isso. Agora penso já qual poderia ser o destino.
A Europa está a cair aos bocados. O mal nos outros países é tanto ou pior do daqui, portanto, a emigrar seria para outro continente.
Dentro destas ideias sonhadoras, que não são mais do que isso mesmo (infelizmente), há sempre o lado racional que impede de as concretizar: e a minha carreira?
Pois é, conquistei aquilo que tenho que é muito bom, mas não é o meu objetivo final, mas às vezes dou por mim a pensar: “sou tão nova. E se eu mandar tudo para as urtigas e me for embora tentar alguma coisa em outros ares?”
É este o meu sonho, ser jornalista, é verdade, mas só o posso concretizar aqui. Haverá uma oportunidade em mais algum lado? Não sei, mas às vezes tenho vontade de arriscar, mas depois penso que a sorte não bate duas vezes à mesma porta, enfim, um duelo vivo entre a vontade e a razão (muito frequente em mim, por sinal).
Não tenho espírito de aventureira e talvez esse seja o mal.
Estamos no início do novo ano, dizem que é o último, que a 21 de dezembro de 2012 acaba o mundo, seria uma boa deixa para arriscar, sei lá, por enquanto fico só a pensar nisto.
Líderes políticos, comentadores, jornalistas, amigos ou conhecidos, todos já pensaram emigrar e outros sugerem… e então, qual é o mal?

MDM

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

BOM ANO 2012

As meninas do blog desejam um ano de muitos sucessos profissionais (e não só) a todos.



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Coca-Cola did it again

Vi o anúncio pela primeira vez no dia de Natal. Já tinha visto várias pessoas a pô-lo no facebook, mas não me despertou curiosidade. Na televisão, sim. Prendeu-me o olhar e o interesse. E fiquei até ao fim a pensar "Isto é de quem?". No fim, quando apareceu a Coca-Cola pensei automaticamente "Só podia". Não por ter um grande carinho ao produto e marca em si, mas porque sou fã da sua comunicação, desde que me lembro. Fazem um trabalho espectacular, as campanhas prendem sempre a atenção, dão conforto, despertam sorrisos. E esta não é diferente. É ainda melhor. É positiva, optimista, feliz, esperançosa. Atributos que a todos nos fazem um bocadinho de falta neste momento.

Por graça, hoje cheguei ao trabalho e falaram-me logo nela. "Liga para a agência de comunicação, pede informações, isto e aquilo e etc e tal". E assim o fiz. Porque quando algo nos toca, é mais fácil trabalhar sobre o mesmo.


Foi a agência IVITY que a adaptou para Portugal. Filmou-se no Jardim das Necessidades, em Lisboa, e as vozes são do Coro Santo Amaro de Oeiras.


Deixo aqui o vídeo.